segunda-feira, 11 de julho de 2011

NÃO ERAM CLICHÊS, NEM CRENDICES

Não, definitivamente não era clichê, mas sempre fui assim, meio contra a qualquer coisa que fosse irracional (com exceção de Deus), como crendices, assombrações, entre outros.

Mas comecei a mudar de ideia de uns tempos para cá... Pode parecer estranho na verdade... Desde pequena achava loucura quando minha avó dizia:

- Não tome água na concha, que você vai ficar peituda”;

- Pentear o cabelo antes de dormir é desejar a morte da mãe”;

- Abrir o guarda-chuva dentro de casa (também) é desejar morte da mãe”.

Entre tantas outras ilustres crendices... De fato, não fazia nada que os mais experientes diziam que “era desejar a morte da mãe”, exceto que achava divertido fazer as outras “n” coisas, como tomar água na concha - acho que é por isso que sou peituda.

Então veio a adolescência e as paixonites. Não foi uma fase fácil. Deu pra chorar bastante, rir bastante, beijar muitas bocas diferentes, se sentir a menina-mulher-maravilha, se sentir a última das últimas. Enfim, momentos de altos e baixos, a era dos clichês.

-Ele não é o cara certo pra você, mas quando você menos esperar, o cara certo aparece”;

- Ele vai chegar. Para de procurar, quando você para, acontece”. E assim foi sucessivamente, inúmeras vezes.

Me apaixonei por pessoas erradas. Fiquei quase três anos em um relacionamento propriamente dito morto, cheio de dificuldades, de “hoje não posso, amanhã não dá”. Então toda vez que eu dizia desistir, aquela esperança ainda estava acesa lá dentro, iluminando aquela escuridão que estava o meu coração. A cada tentativa, uma lanterninha, dessa imensa chama, se apagava, como uvas que vão se desprendendo uma a uma do cacho.

Clichês, crendices, clichês, não é que eles estavam certos? Aconteceu quando parei de procurar.

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