sexta-feira, 27 de junho de 2008

QUANDO A GENTE SE APAIXONA

Uns dizem que é químico e explicam tudo com nomes difíceis. Segundo estes, a paixão acontece quando o nosso organismo (por alguma razão não determinada) libera montes de neurotransmissores como a dopamina, a feniletilamina e a ocitonina, por meio de impulsos nervosos. Essas substâncias alteram o funcionamento do cérebro, afetam emoções, aguçam ousadias, e despertam os prazeres. Mas eu acho tudo isso complicado demais para o funcionamento do meu cérebro.

Outros afirmam que é físico. Corpos têm a capacidade de sofrer atrações. Então se atraem. A gente começa a querer arranjar motivos racionais ou irracionais para explicar o fenômeno, daí conclui que está apaixonado. Mas eu acho isso muitíssimo sem graça.

Há quem acredite nos mistérios da alma ou do destino. Algumas pessoas já nasceram umas para as outras, e a vida (ou a sorte) se encarregarão (ou não) de cruzar os seus caminhos. Mas eu acho isso muito injusto com as pessoas que nunca encontraram suas caras-metades.

Por isso resolvi desistir de encontrar explicações e acreditar numa intuição meio maluca que nada tem a ver com acasos ou predestinações, não tem fundamento científico, muito menos embasamento teórico.

Paixão, para mim, é coisa lá do desconhecido. Não se pode afirmar nada sobre ela, uma vez que é característica da paixão se contradizer de vez em quando. Não é para se teorizar. Não serve para se especular. Não cabe em conjuntos ordenados, métodos, sistemas, raciocínios. Não tem razão. Não se presta a objeto de estudo, pois foge desesperadamente da lógica.

Portanto, é melhor ir direto ao assunto . Paixão é para se viver. Para se entregar. Para sofrer. Para gozar. Para rir e chorar. Para sentir uma infinidade de inexplicáveis sensações, umas boas, outras ruins. Frio na espinha, embrulho no estomago, desejo ensandecido, medo de ser traído, tonturas, arrepios, tremores. Paixão provoca visões: fogos de artifício, finais trágicos, cataclismas, véus, grinaldas, tempestades ou dias de sol, independente do que está acontecendo no mundo lá fora. Paixão é feito montanha-russa. É necessário tomar alguma precaução para evitar danos irreversíveis. No mais, é para se arriscar. Ou para se desistir dela.

Porque “meias paixões”, assim como “meias borboletas”, não servem para deixar a gente nas nuvens.


Texto de: Adriana Falcão.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

MEIO OU DESCULPA

Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.

Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.

Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.

O sucesso é construído à noite!

Durante o dia você faz o que todos fazem.

Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial.

Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.

Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso.

Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chopp com batatas fritas.

Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.

Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.

A realização de um sonho depende de dedicação.

Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica.

Mas toda mágica é ilusão e a ilusão não tira ninguém de onde está.

Em verdade, a ilusão é combustível dos perdedores, pois...

Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio.

Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa."



(Roberto Shinyashiki)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

ROSAS


Certa vez ganhei uma rosa e a guardei no mais íntimo de mim,
dentro de uma caixinha de segredos, onde lá escondo outras coisas também. Fazem
quatro anos que ela está lá guardada, suas folhas estão secas, porém
intactas. Pasmem: ela ainda é cheirosa!
Dizem que ela é assim porque foi dada com amor, com
verdadeiro e puro amor. Foi a primeira rosa que ganhei e a mais especial até
hoje pelo doce perfume que ela ainda exala.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

OLHOS VERDES

Eles verdes são: E têm por usança, na cor esperança, e nas obras não.

Camões.


São uns olhos verdes, verdes,

Uns olhos de verde-mar,
Quando o tempo vai bonança;
Uns olhos cor de esperança,
Uns olhos por que morri;
Que ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Como duas esmeraldas,
Iguais na forma e na cor,
Têm luz mais branda e mais forte,
Diz uma — vida, outra — morte;
Uma — loucura, outra — amor.
Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

São verdes da cor do prado,
Exprimem qualquer paixão,
Tão facilmente se inflamam,
Tão meigamente derramam
Fogo e luz do coração;
Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

São uns olhos verdes, verdes,
Que podem também brilhar;
Não são de um verde embaçado,
Mas verdes da cor do prado,
Mas verdes da cor do mar.
Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Como se lê num espelho,
Pude ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Dizei vós, ó meus amigos,
Se vos perguntam por mi,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos cor de esperança,
De uns olhos verdes que vi!
Que ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Dizei vós: Triste do bardo!
Deixou-se de amor finar!
Viu uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos da cor do mar:
Eram verdes sem esp'rança,
Davam amor sem amar!
Dizei-o vós, meus amigos,
Que ai de mi!
Não pertenço mais à vida
Depois que os vi!


(Gonçalves Dias)

SONETO DO AMOR TOTAL

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

(Vinicius de Morais)

quarta-feira, 18 de junho de 2008


"A vaidade é o caminho mais curto para o paraíso da satisfação,
porém ela é, ao mesmo tempo,
o solo onde a burrice melhor se desenvolve"


(Augusto Cury, escritor brasileiro)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

VIAGEM


Um pedaço da Alemanha no Brasil. Cultura Forte. Tradição.
Cidade agradabilíssima. Tempo Frio. Viagem à trabalho.
Gente de todo o Brasil. Projetos que contribuem para o desenvolvimento da sustentabilidade.
Sorvete de Rapadura. Brigadeiro de Aipim...


Danças típicas. Povo receptivo.
Muito trabalho. Preparação para a próxima etapa.
Sorrisos e cansaço.






Jantar a luz de velas com os colegas de trabalho.
Restaurante agradável. Petit Gâteau de sobremesa.





Retorno. Viagem Cansativa.
Recompensa .

terça-feira, 10 de junho de 2008


"Para sempre é muito tempo. O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo."
(Mário Quintana)