Uns dizem que é químico e explicam tudo com nomes difíceis. Segundo estes, a paixão acontece quando o nosso organismo (por alguma razão não determinada) libera montes de neurotransmissores como a dopamina, a feniletilamina e a ocitonina, por meio de impulsos nervosos. Essas substâncias alteram o funcionamento do cérebro, afetam emoções, aguçam ousadias, e despertam os prazeres. Mas eu acho tudo isso complicado demais para o funcionamento do meu cérebro.
Outros afirmam que é físico. Corpos têm a capacidade de sofrer atrações. Então se atraem. A gente começa a querer arranjar motivos racionais ou irracionais para explicar o fenômeno, daí conclui que está apaixonado. Mas eu acho isso muitíssimo sem graça.
Há quem acredite nos mistérios da alma ou do destino. Algumas pessoas já nasceram umas para as outras, e a vida (ou a sorte) se encarregarão (ou não) de cruzar os seus caminhos. Mas eu acho isso muito injusto com as pessoas que nunca encontraram suas caras-metades.
Por isso resolvi desistir de encontrar explicações e acreditar numa intuição meio maluca que nada tem a ver com acasos ou predestinações, não tem fundamento científico, muito menos embasamento teórico.
Paixão, para mim, é coisa lá do desconhecido. Não se pode afirmar nada sobre ela, uma vez que é característica da paixão se contradizer de vez em quando. Não é para se teorizar. Não serve para se especular. Não cabe em conjuntos ordenados, métodos, sistemas, raciocínios. Não tem razão. Não se presta a objeto de estudo, pois foge desesperadamente da lógica.
Portanto, é melhor ir direto ao assunto . Paixão é para se viver. Para se entregar. Para sofrer. Para gozar. Para rir e chorar. Para sentir uma infinidade de inexplicáveis sensações, umas boas, outras ruins. Frio na espinha, embrulho no estomago, desejo ensandecido, medo de ser traído, tonturas, arrepios, tremores. Paixão provoca visões: fogos de artifício, finais trágicos, cataclismas, véus, grinaldas, tempestades ou dias de sol, independente do que está acontecendo no mundo lá fora. Paixão é feito montanha-russa. É necessário tomar alguma precaução para evitar danos irreversíveis. No mais, é para se arriscar. Ou para se desistir dela.
Porque “meias paixões”, assim como “meias borboletas”, não servem para deixar a gente nas nuvens.
Texto de: Adriana Falcão.
Outros afirmam que é físico. Corpos têm a capacidade de sofrer atrações. Então se atraem. A gente começa a querer arranjar motivos racionais ou irracionais para explicar o fenômeno, daí conclui que está apaixonado. Mas eu acho isso muitíssimo sem graça.
Há quem acredite nos mistérios da alma ou do destino. Algumas pessoas já nasceram umas para as outras, e a vida (ou a sorte) se encarregarão (ou não) de cruzar os seus caminhos. Mas eu acho isso muito injusto com as pessoas que nunca encontraram suas caras-metades.
Por isso resolvi desistir de encontrar explicações e acreditar numa intuição meio maluca que nada tem a ver com acasos ou predestinações, não tem fundamento científico, muito menos embasamento teórico.
Paixão, para mim, é coisa lá do desconhecido. Não se pode afirmar nada sobre ela, uma vez que é característica da paixão se contradizer de vez em quando. Não é para se teorizar. Não serve para se especular. Não cabe em conjuntos ordenados, métodos, sistemas, raciocínios. Não tem razão. Não se presta a objeto de estudo, pois foge desesperadamente da lógica.
Portanto, é melhor ir direto ao assunto . Paixão é para se viver. Para se entregar. Para sofrer. Para gozar. Para rir e chorar. Para sentir uma infinidade de inexplicáveis sensações, umas boas, outras ruins. Frio na espinha, embrulho no estomago, desejo ensandecido, medo de ser traído, tonturas, arrepios, tremores. Paixão provoca visões: fogos de artifício, finais trágicos, cataclismas, véus, grinaldas, tempestades ou dias de sol, independente do que está acontecendo no mundo lá fora. Paixão é feito montanha-russa. É necessário tomar alguma precaução para evitar danos irreversíveis. No mais, é para se arriscar. Ou para se desistir dela.
Porque “meias paixões”, assim como “meias borboletas”, não servem para deixar a gente nas nuvens.
Texto de: Adriana Falcão.