quinta-feira, 5 de agosto de 2010

(im)PERFEITO

Parece que o mundo é dividido em dois tipos de pessoas: as que possuem a sorte grande de encontrar um amor (e ser correspondido) e as que vivem esperando por ele, na solidão...

Solidão – é meu amigo – ela me parece ser o novo mal da humanidade. Cansei de ler blogs por ai a fora onde esse sentimento medíocre preenche a vida de seus donos... E a minha pergunta é: o que há de errado?

Comédia romântica é o melhor combustível para alimentar esse mal, pois a realidade vem como uma onda, que lhe puxa e lhe suga para o fundo do poço. Elas são cruéis, mostram coisas que não existem, pessoas perfeitas, relacionamentos perfeitos, fórmulas mágicas e milagrosas. Elas alimentam sonhos e fantasias, mas são na verdade, um grande pesadelo.

Então, na vida real, me parece sempre aquela coisa de: João que ama Maria, que ama Rodrigo, que ama Débora, que ama João. E por que, algumas vezes, quando encontramos uma pessoa legal, o pouco que vocês tinham se perde? Talvez porque a essência de um não era suficiente para o outro? Falta de empatia? De reciprocidade? Claro que, contra a química não há argumentos... E se ela não funciona, não adianta tentar a física.

Descobri que relacionamentos perfeitos não existem. Não sei se acredito naquela coisa de “voltamos em outra vida para pagar pelos nossos erros” – se for assim, devo ter sido o Diabo numa encarnação passada. Mas eu também sou dura na queda... Ainda essa semana li em algum lugar que, quando a gente gosta do cara, ele é fofo. Se não gosta, é pegajoso. E modéstia à parte, de vez em quando me aparecem alguns doidos. E muitas vezes sou eu quem não os quero. Não sei o que acontece, mas é como se a coisa fosse “mecanizada” demais... Gosto de cumplicidade, o que é um laço difícil de se fazer/criar. Aliás, me interessar por alguém, ultimamente, é algo que quase não me acontece. Aparentemente, as pessoas mais interessantes são aquelas que são difíceis de se conseguir.

Se eu pudesse voltar no tempo, faria muita coisa diferente e não teria feito tantas outras (que me renderam grandes lições e lágrimas)... Mas ele passa, crescemos e novas responsabilidades são impostas, talvez para encontrar um sentido nisso tudo ou para, quem sabe, recomeçar.